quarta-feira, 23 de fevereiro de 2011

Viagem livre

Todas as palavras me encantam.
Todas as possibilidades são minhas.
Sinto as escolhas pulsando no sangue,
sou livre - vou ser feliz.

Vou viajar para um canto
de onde nem devia ter saído. Sou minha.
Vou para onde o vento sopra forte
e faz cócegas dentro de mim.

Não tente mais me deter - ser feliz ser feliz!
Me liberte - sou minha e livre, sou pulsão de vida!
Sou todas as possibilidades na minha mão.
Não vivo mais de pranto. Assim é melhor.

Me libertei; ouço todas as palavras!
Sinto mais que brisa, danço com o vento.
Meu sangue pulsa escolhas, viagem livre.
Principalmente tudo me encanta.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Pôr-do-sol no Arpoador

Parece o entardecer como qualquer sentir fugaz
que se espalha pelo espelho do mar até sumir.

Mesmo assim ouço aplausos distantes embora tão próximos.

Nada mais importa se olhar é constatar e ver passar.
Apenas passa como vai indo o sol.

Um outro dia vai amanhecer e é assim mesmo que a natureza permanece.

Mas o acabado deixa uma marca na história, quase cicatriz,
no espelho permanente dos aplausos para o mar.

segunda-feira, 14 de fevereiro de 2011

Fevereiro

Fevereiro é fogo dentro de mim.
Arde, fervilhando ao Sol.
Encandescente, sedenta
Por favor, Água!
Fevereiro não vai passar sem brasa.

Não há Sol que queime mais
que minhas entranhas de deserto.
Mergulho fundo e não passa.
Baldes de gelo e não passa.
Não há Sol que queime mais que eu.

Fevereiro me arrasa.
Parecem blocos de concreto ao redor.
Alguma música toca ao fundo
Mas não adianta.
Não há frescor que alivie a ardência do meu coração.