domingo, 17 de fevereiro de 2013

Caminhos

Se eu pudesse te falar num compasso o tamanho do embaraço que me cabe
Por ser essa pessoa de prender a criatividade e por saber que ainda é a melhor parte
Do que cabe em mim...

Os meus caminhos concretos acabam deixando por certo algo a desejar...
Porque sou um vento soprando em noite quente e me fujo de repente para outro lugar.

Sei me prender como sei me soltar: mas a escolha é uma outra questão.
Não sou de gastar fala pra contar demais uma fama que não é minha.
Fama é produto do fazer de batalha que é viver; bem com os pés no chão...

Mas, às vezes me fujo como um vento de mar indo em outra direção.

O compasso dessa dança são as ondas sonaras do vento que me cabe em contramão.
O que falo bate asas nos caminhos incertos da temporada com ventanias de maré brava com paixão.
Porque posso ser vento soprando em noite quente com a fama da poesia ardente;

queimando no coração;

Mas me fujo repentina para algemar todo criar dessa canção; que canção?
O compasso não existe quando estou presa no silêncio embaraçado que também me cabe;
por ser escolha de caminho em mares da contramão.




quarta-feira, 6 de fevereiro de 2013

Vida

A minha existência é escrever.
Se não sou poetisa, sou o quê?

Um robô muito bem construído pela sociedade?
Uma sombra das histórias que me escrevem?

E quem deve escrever a nossa própria história?

Não é a gente mesmo??

A minha existência é as entrelinhas...
Das linhas que eu mesma traço.

Ou eu só nasci e não vivi.