quarta-feira, 27 de outubro de 2010

Outono

Outono sem eira nem beira
Borboletas amarelas
Folhas e o telefone toca.

Atender ou continuar na brisa da varanda?
Todas as portas estão abertas
Quase sinto o cheiro do vento
Nego telefone e afirmo ausência.

Aposto nas borboletas e permito,
consolada,
que as folhas se joguem no chão.
Quem sabe calar, suportar o vazio
Aguardar renovação.

Nenhum comentário:

Postar um comentário