Talvez ela viaje para países distantes.
Talvez ela hiberne até o inverno acabar.
Talvez ela se entristeça em meio ao caos da vida.
Onde fica a poesia quando não escrevo mais?
Talvez ela passe ao ato insano.
Talvez ela corroa as minhas entranhas.
Talvez ela sucumba no gélido concretismo da realidade.
Onde fica a poesia quando ignorada?
Talvez ela persista em silêncio, camuflada.
Talvez ela grite nos intervalos da consciência.
Talvez ela se deixe morrer,
aos poucos, lentamente.
E tudo se torne gelo e concreto;
onde fica a poesia quando não a vejo mais.
Nenhum comentário:
Postar um comentário